quinta-feira, 25 de maio de 2017

Mais da metade dos municípios do Ceará têm epidemia de arboviroses: dengue, chikungunya e zika

Por Alana Lira - 22 de maio de 2017

Mais da metade dos municípios do Ceará – 93 de 184 municípios têm nível epidêmico de arboviroses – dengue, chikungunya e zika – de acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (19), pela Secretaria de Saúde do Estado. O número representa 50,53% do total de municípios com nível epidêmico de arboviroses. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera nível epidêmico quando uma cidade ou região tem mais de 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.

De acordo com a Secretaria de Saúde, os municípios em situação mais crítica são General Sampaio (5.536,9/100.000/hab), Catarina (4.987,9), Baturité (4.096,3), Reriutaba (3.912,3), Milagres (3.725, 4), Farias Brito (3.448,8), Jaguaribara (3.062,5), Acarape (3.015,0), Tejuçuoca (2.624,4), São Gonçalo do Amarante (2.623,9), Uruoca (2.352,9). No Ceará, a incidência de casos das arboviroses está em 943,5 ocorrências por cada 100 mil habitantes.

O cálculo foi feito, segundo a Secretaria de Saúde, pela soma dos casos notificados de dengue, chikungunya e zika dividido pela população do município e expresso por 100.000 habitantes. A 22ª Coordenadoria Regional de Saúde – constituída pelos municípios de Beberibe, Cascavel, Chorozinho, Horizonte, Ocara, Pacajus e Pindoretama – se encontra em situação mais alarmantes com 1.885,6 casos de arboviroses por grupo de 100.000 habitantes.

Dengue
Em 2017, foram notificados 35.647 casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), correspondendo a uma taxa de incidência no Estado de 397,7 casos por 100 mil hab., distribuídos em 96,7% (178) dos municípios. Foram confirmados 8.133 casos em 114 dos municípios. Os casos confirmados estão distribuídos em todas as faixas etárias, mostrando uma concentração de 66,1% dos casos nas idades entre 15 e 49 anos, e o sexo feminino corresponde a 53,8% dos casos.

Entre os municípios com maior incidência de casos, destacam-se Alto Santo, Brejo Santo, Farias Brito, Iracema, Tabuleiro do Norte e Jaguaribara. Três pessoas morreram em decorrência da doença nos municípios de Fortaleza, Maracanaú e Juazeiro do Norte.

Chikungunya
Em 2017, a taxa de incidência dos casos suspeitos de chikungunya no Ceará é de 530,9 casos por 100 mil habitantes. Em todo o Ceará foram notificados 47.591 casos, da doença, dos quais destes, 16.185 (34,0% ) foram confirmados e Dos casos confirmados, 10.839 (66,9%) concentraram-se nas faixas etárias entre 20 e 59 anos e o sexo feminino foi predominante em todas as faixas etárias à exceção das idades até 14 anos.
Em 2017, foram confirmados oito mortes por chikungunya, sendo dois do sexo masculino e seis do sexo feminino, com idades entre 10 dias e 89 anos, residentes nos municípios de Fortaleza (5), Beberibe (1), Caucaia (1) e Pacajus (1).

Zika
Em 2017, foram notificados 1.330 casos suspeitos de zika, dos quais 132 foram confirmados. De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, há concentração de 77,4% (1.030) de casos notificados na faixa etária de 15 a 49 anos e o sexo feminino é predominante em 75,8% (1.009) das notificações. Do total de casos notificados 34,1% (454) foram em gestantes e 2,8% (13) dos casos foram confirmados. Os municípios do Estado que confirmaram casos em gestantes foram Brejo Santo, Caucaia, Icó, Independência, Fortaleza, Maracanaú e Uruoca.

Fonte: G1/CE



segunda-feira, 22 de maio de 2017

Resenha do Artigo de Revisão: A Relação entre Zika Vírus e Síndrome de Guillain-Barré

Link de Acesso ao Artigo de Revisão: A Relação entre Zika Vírus e Síndrome de Guillain-Barré

O cenário global que envolve o zika vírus, relacionado ao aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré, microcefalia e morte fetal desde 2013 vem sendo estudado se há relação direta com o zika vírus. O mesmo é um flavivírus transmitido por mosquitos da família flaviviridae, principalmente o Aedes aegypti. O vírus possui um ciclo silvestre e o outro urbano, tendo como vetor principal o Aedes aegypti O diagnóstico da doença é feito através de critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
No Brasil pacientes com história recente de infecção pelo zika relata síndrome neurológica depois de ter ficado doente pelo vírus zika. Em dezembro de 2015, 18 estados brasileiros já haviam sido constatados casos do vírus zika (ZV). Apesar de desconhecido, acredita se que os mecanismos fisiopatológicos da zika e sua relação com a síndrome de Guillain-Barré sejam de origem imunológica associada a uma evolução genética do vírus para uma forma mais patogênica.
Durante a gravidez a infecção pelo zika vírus associada à síndrome de Guillain-Barré, pode ser suspeitado quando a paciente apresentar histórico de febre, mialgia, erupções na pele e conjuntivite em um período de 10 dias que antecede o quadro de mal-estar geral, com fraqueza muscular, dificuldade respiratória e ter alterações nos nervos cranianos ou arreflexia durante o exame neurológico.
A apresentação clinica da zika é a presença de febre, artrite, mialgia, cefaleia, prurido e edema. Alguns exames laboratoriais são feito por meio de reação reversa da cadeia de polimerase (RT-PCR), o ácido ribonucleico (ARN) viral do ZV pode ser detectado no soro durante os primeiros cinco dias após o inicio do quadro clínico. Para complementar o diagnóstico de zika vírus, testes sorológicos como o ELISA imunofluorescência, podem ser positivos após 5 a 6 dias do aparecimento dos sintomas, para a detecção de anticorpos IGM e IgG específicos.
É notória a hipótese da relação entre ZV e SGB, e deve ser feito estudos mais aprofundados entre essa relação de ligação de ambas as doenças. Diante disto existe a necessidade de se estudar em áreas e regiões diferentes onde, existe o vírus zika. Para assim poder entender a relação entre Zika vírus e a síndrome de Guillain-Barré, já que não existe a comprovação, embora existam fortes evidências.

Referência:

CHAVES FILHO, Jose Idarlan Gomes et al. Revisão da literatura: a relação entre Zika Vírus e Síndrome de Guillain-Barré. 2016. Disponível em: <http://periodicos.unemat.br/index.php/revistamedicina/article/view/1365>. Acesso em: 19 maio 2017.

domingo, 7 de maio de 2017

Diferença entre Dengue, Chikungunya e Zika

Neste vídeo você encontrará uma breve descrição das semelhanças e diferenças entre dengue, chikungunya e zika.


Chikungunya virou epidemia, diz infectologista

3 de maio de 2017 às 07:42
POR: Eliomar de Lima
Da Coluna Vertical, do O POVO desta quarta-feira:

A Câmara Técnica de Infectologia do Conselho Regional de Medicina está preparando uma mobilização com objetivo de cooperar na redução do número de casos da chikungunya no Estado. O quadro é de epidemia desde janeiro, informa a infectologista Roberta Santos Luiz, coordenadora dessa câmara técnica, adiantando que a situação é grave “e a população não foi devidamente esclarecida dos riscos de complicações”.
A ordem é capacitar, ainda neste mês, médicos das redes primária e secundária do SUS e tentar, com empresas, que façam projetos de educação sobre descarte adequado do lixo. O causador maior da epidemia é o acúmulo de água inadequadamente tanto na forma limpa como suja (lixo). Essa ação precisa ter o apoio de todos, porque, para ela, as campanhas oficiais contra o mosquito Aedes aegypti estão tímidas.
“Quando a chikungunya não mata, ela pode deixar graves sequelas que duram até seis anos”, alerta a infectologista.
DETALHE – No Estado, de acordo com dados oficiais, são 6.217 casos da doença. Só Fortaleza registra 3.690 casos confirmados.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Saúde alerta profissionais sobre notificação compulsória de Arboviroses

A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA/CE), por  meio da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (COPROM) e da Vigilância Epidemiológica do Ceará, vem ALERTAR os profissionais de saúde para que se mantenham sensíveis à notificação de todos os casos SUSPEITOS de arboviroses (dengue, chikungunya e zika), considerando o cenário epidemiológico dessas doenças. A notificação dos casos de arboviroses é de grande  importância, pois é através desta ação que os gestores de saúde do Estado e dos municípios ficarão cientes da ocorrência das doenças no seu território e população embasando tomada de decisões coesas, além de dar subsídio epidemiológico para que o profissional médico possa fazer o diagnóstico correto.


domingo, 26 de março de 2017

Febre do Zika Vírus

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. A maior parte dos casos apresentam evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias. No entanto, observa-se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença.


domingo, 19 de março de 2017

Documentário sobre o Ciclo de Vida do Vírus / Aedes aegypti

A dengue é uma doença que se tornou um problema de saúde pública no País e no mundo, cujo principal vetor de transmissão é o Aedes aegypti. A dengue é uma arbovirose, assim como a Zika, chikungunya e febre amarela porque são transmitidas pela picada de um inseto, neste caso o mosquito Aedes Aegypti!!! Uma única fêmea produz e 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo e pode ter mais de 3 ciclos durante sua vida.